A história da Casa Ferreirinha está indissociavelmente ligada a uma mulher extraordinária: Dona Antónia Adelaide Ferreira. Nasceu em 1811, na Régua, porta de entrada para os vinhedos do vale do Douro. Ainda que de estatura pequena e reservada por natureza, Dona Antônia era carismática, visionária e empreendedora. Criou novas extensões de vinhas, aumentou e aprimorou os estoques de vinhos velhos da empresa e contribuiu para melhorar as vidas árduas das famílias de agricultores locais, fundando escolas, creches e hospitais. Tal era a afeição da população que lhe chamavam, carinhosamente, de ?Ferreirinha?. Com a sua morte, em 1896, deixou como legado um notável patrimônio no Douro. A vinícola ganhou a fama mundial que tem hoje graças ao enólogo Fernando Nicolau de Almeida e seu Barca Velha, o primeiro vinho tranquilo de alta qualidade do Douro.

De todas as aves do Douro o Papa Figos é uma das mais raras. Uma ave migratória de cores vivas e atraentes. O carácter único e raro desta ave é a inspiração perfeita para este magnífico vinho da Casa Ferreirinha. Um sucesso desde a primeira safra. 

Apresenta uma tonalidade vermelho-rubi profunda e um bouquet intenso, com predominância de notas florais de esteva, bem como de frutos vermelhos maduros, como ameixa e morango, e ainda notas de cedro, mas também de especiarias, características dos anos de cuidadosa maturação, com delicada complexidade decorrente de discreto e bem integrado envelhecimento em carvalho. O paladar também revela frutas vermelhas maduras e apresenta corpo elegante, acidez bem integrada e taninos de ótima qualidade, com final equilibrado, harmonioso e prolongado.